sábado, 22 de agosto de 2009

Pote de Ouro.

- Eu poderia contar as vezes em que pensava em você. Era só quando eu pensava em problemas ou complicações. Você era um tipo bem estranho de pedra no caminho,e esse obstáculo me bloqueou de uma forma tão forte, que eu me apeguei à ele. Eu pude muito bem atravessá-lo tempos depois, quando me debati de frente à ele. Mas, o caminho depois dele,a tal luz no fim do túnel, o pote de ouro no fim do arco-íris, de alguma forma não me interessou. E eu desejei a vida toda chegar ao fim, e nem sabia que o que ia realmente me fazer bem era o ínicio de tudo, a largada da corrida, os passos antes de adentrar a escuridão dos túneis, a chuva antes do arco-íris. Me parecia tão fútil largar tudo, desistir de tentar. Eu tentei, fui em frente, me desviei de você e de seu jogo, fui até o fim. E nem sabia que o meu fim mesmo era voltar tudo, largar meu prêmio, minha conquista, minha recompensa por toda essa espera, por todo esse jogo duro, que sacrificou 5 meses, alguns dias felizes e várias decepções da minha vida pra que eu pudesse vencê-lo.
Hoje me contento com esse seu jeito lento de piscar os olhos e esse sorriso bobo, que você tanto gosta de abrir a um palmo dos meus olhos. Nunca pensei que isso valesse mais que potes e potes de ouro, ou qualquer pessoa que esbanjasse perfeição. É por isso que eu não crio mais planos muito menos duvido desse jogo que a gente chama de vida. Minhas únicas jogadas agora são de comprar passagens e deixar que a intuição me mostre onde seguir, o resto... o resto a gente tira no dado e deixa a vida mexer as peças.

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