sexta-feira, 9 de julho de 2010

expurgar

Acaba com isso.
Vai, diz de uma vez que não vale mais, que prefere ter um espaço vazio do que alguém te sufocando.
Faz tudo isso ter rendido apenas arrependimentos e valido apenas por não ter morrido de tédio.
Expurga.
Expurga esse mal, esse ódio, essa dor e essa coisa estúpida que tu ousou dar nome um dia.
Arranca tudo, acaba com sua dor.
Pega suas coisas, sua insegurança e teu medo de eu errar, e vai embora.
Não é isso que tu quer?
Que eu peça pra você ir?
Que eu implore pra você ficar?
Tu devia saber que eu não sou dessas.
De pedir as coisas.
Não é orgulho.
É não precisar.
Faz o que tu quer, vai aonde for.
Se tu pedir, eu vou, se tu quiser, eu fico.
É assim.
É o mal que eu causei.
E o bem que eu não posso repôr.
É os dias que tu viveu.
As memórias que tu matou.

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