quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

souvenir

- Fui pra tão longe em busca de algo que eu não pude trazer pra casa. É como ir naqueles lugares maravilhosos, que dá vontade de ficar pra sempre, que você vai, tira uma foto ou traz um souvenir.
Eu até poderia tentar enfiar na bagagem, mas é muita carga, e é muito caro, é... é complicado, e não é pra mim, entende. Só sei que tava por lá e que eu gostei muito.
Mas agora eu já voltei e me contento com os lugares que eu sei ir de olhos fechados, com as pessoas que eu reconheço de longe, com esses souvenirs daqui mesmo, que não tem mais espaço na minha vida.

- Eu não sei cativar raposas. Não sei correr atrás de libélulas e muito menos prender vagalumes em potes. Não sei cuidar de cerejas e limpar pulmões, não sei abrir exceções, não consegui ficar sem mostarda mesmo sem poder e na maioria das vezes meus cookies não duram muito.
Agora que vocês sabem que eu sou um perdedor nesse assunto todo, e puderem me fazer um pequeno favor, me deixem ao menos ter esperança, mesmo sabendo que não é sólida e não dá pra colocar numa caixa, e me deixem ir de cara no muro de novo, até eu entender o quão real são esses tijolos e poder contar quantos hematomas são precisos pra enxergar o outro lado. Só me deixa. Deixa esse concreto me dizer que é hora de desistir.

- Os sonhos são artifícios usados por quem não vive a vida que quer viver.

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