quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

semente de pistache.


- Eu sinto muito que não pudemos tomar café antes de eu ir embora, espero que as festas e companhias sem mim tenham sido boas...
Eu sinto falta do seu sorriso e sinto falta da sua companhia, penso em você no ônibus e eu penso em você quando estou ocupado. Eu gosto tanto de você.
Eu gosto dos vestidos que você usa, eu gosto dos seus dentes, e eu gosto quando você corta seu cabelo, eu gosto de ficar bêbado com Heineken ou Bohemia.
Doughnuts de chocolate, frango do amor, número um seria indulgência.
Esperando o ônibus chegar, fazendo desenhos, sempre lembrando, caindo, balançando cabeças, manchas em nossas calças, machucados, mordidos, ambos atrasados...
Eu esqueço mas você sempre se lembra, perfume fresco, piso de madeira, guarda-roupa da Marie, restaurantes ruins, paradas de ônibus, brigas, risos e pensamentos sobre o futuro.
Mas vamos nos concentrar no presente, como fita adesiva amarrada tão fortemente.
Eu amo pensar em você, eu nunca ri tanto, me senti tão bem, como uma criança, tão livre quanto um pássaro, um pássaro nu, frango do amô, cisne do destine.
Me jogue água com a mangueira nesse calor de verão, não fizemos isso, mas vamos fazer porque você queria muito.
Mãos suadas e úmidas, de mãos dadas, tanta porcaria na sua bolsa, coisas demais, mas nós adoramos guardar coisas, folhas de árvore, cartas, imagens, recortes de revistas, fotografias, duas Canons, uma Nikon, xícaras de starbucks, lembranças, pedaços quebrados de jóias e um pingente que você vai me dar.
Estou convencido de que algum dia eu farei disso algo legal.
Se maqueie para que te copiem, se vista bem, rasgue e corra pelo meu rosto, pelo meu corpo e por minhas veias, faça meu cabelo se arrepiar, me faça parecer o Edward Cullen.
Me assuste, me dê confiança, em segredo, eu me sinto seguro e confortável e, eu não quero ir embora.
Porque eu estou de volta a quando eu tinha sete anos de idade, coberto de chantilly e doce de leite.
Mordemos, pulamos, corremos, caimos e estamos em pé novamente.
Pão, eu amo comer pão, com patê de atum do Yuri.
Eu sei que você ama quando eu desenho algo e não está morto, esses rabiscos se movem pra fora das páginas e pelas mentes das pessoas.

Você faz outras pessoas rirem.

Mas qualquer coisa que você faça pode me fazer chorar.
Eu quero sentir, ser, viver, respirar, tocar, ver, cair, comer, te lambuzar, te abraçar, eu quero estar com você
Eu não tenho tempo pra mais ninguém, eu não quero ficar com eles. Eu quero me mudar para uma casa numa cidade maior... Só me diga quando e eu estarei lá, eu largaria tudo por você.
Você é minha amiga, eu não tenho nem uma namorada, nem um namorado, mas minha mente está ocupada.
Meu sussurro está bem alto, acima da lua e de volta, quem eu amo é você.
Você é a mais modesta, a mais divertida, mais animadora. Eu quero passar a maior parte do meu tempo com você, porque com você ele vale mais a pena.
Você é a mais bonitinha, esperta e idiota, faminta, muito faminta, enérgica, apaixonada, assustada, interessante...
Como um filme, uma pessoa de mentira.
Eu quero tomar starbucks, comer doughnuts, ter aquela surpresa boa quando o patê é de atum, comer o club social do estoque da Marie.
Gritar até estar com o rosto azul, conhecer gente francesa ou gente estranha que parece ou Curupira ou a Lady Gaga, ver nossas fotos, te mostrar minhas ruas remendadas, conhecer todas as pessoas que você poderia conhecer... Só para eles saberem que você é minha amiga, e que você pertence a mim.
É, você aí, eu sei que você acha que ela é bonitinha e engraçada, mas, na verdade, ela não é um 'eu', ela é um 'nós'.
Nós, uma nação unida de absoluta falta de senso, uma comunidade, uma vizinhança vigiada, corpo de bombeiros, Hopi Hari, espaço, tempo e energia, talento, beleza, nós.

Eles não te amam como eu te amo.

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